22 de fevereiro de 2014

CINEMA, LITERATURA, PSICANÁLISE / Antonio Carlos Pacheco e Silva Filho. – São Paulo: EPU, 1988.

Doutor em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) na área de Psiquiatria, Membro graduado do Institute of Living, Hartford, Connecticut, EUA, professor de Psicopatologia e Psicoterapia Psicanalíticas no Instituto Sedes Sapientiae, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, autor dos livros: Sob a luz da psiquiatria, Evolução da Psicanálise e Perversões Sexuais – um estudo psicanalítico, Antonio Carlos Pacheco e Silva Filho nesta obra, Cinema, Literatura, Psicanálise, aborda a temática da sensibilidade intuitiva presente em grandes escritores e diretores de cinema, fazendo com que os mesmos, sem que percebam, entrem em contato com fantasias inconscientes universais, que acabam como conteúdo latente em suas obras. O autor utiliza-se da imagem do sonho para exemplificar sua posição: algo assim como o que ocorre em um sonho, quando o conteúdo manifesto é lembrado pelo sonhador e o conteúdo latente representa a expressão de sua fantasia inconsciente. A literatura e o cinema precedem a Psicanálise em sua teorização cientifica por Freud, que desde um primeiro instante, admitiu que grandes escritores mostraram saber da existência do inconsciente bem antes de sua descoberta e colocação num enfoque científico. Esse conhecimento, o autor estende a cineastas intuitivos do inconsciente como Buñel, Pasolini, Bergman, Bolognini, Polanski, Spielberg, dentre outros. Vários filmes e obras literárias são analisados à luz da Psicanálise em linguagem acessível o que torna o livro inteligível universalmente, e, em concomitância, agradável e revelador.


Luiz Humberto Carrião

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